Déficit de Atenção e Hiperatividade (03)
Existem
diversas formas de abordagem para os transtornos de déficit de atenção,
hiperatividade e déficit de atenção com hiperatividade. A mais conhecida é a
farmacológica, a qual utiliza estimuladores do sistema nervoso central (SNC),
buscando compensar a baixa ativação do córtex frontal. Depois temos as
abordagens psicológicas e psicopedagógicas, sendo que a mais utilizada é a
cognitiva comportamental. E com índice bem menor de emprego, mas não de menor eficiência
e eficácia, existem as abordagem biotecnológicas, que realizam reeducação do
sistema neurofisiológico. Esse tipo de abordagem requer a utilização de
modernos equipamentos tecnológicos de leitura, processamento, análise e
resposta em tempo real do sistema nervoso em sua plenitude de funcionamento. Uma
delas é conhecida como Estimulação Transcraniana Magnética, que usa disparos
eletromagnéticos sobre o crânio, fazendo com que os neurônios de determinada
área deixem de trabalhar de determinada maneira e venham a trabalhar de outra.
Esta abordagem é mais invasiva, pois obriga o cérebro a trabalhar em determinado ritmo.
A
outra, se utiliza do processo de aprendizagem neural através de retroalimentação
neurofisiológica, e é conhecida como treinamento neurocognitivo ou mais
popularmente treinamento de Neurofeedback. A abordagem utiliza equipamentos de
eletroencefalografia e software avançado para análise do sinal cerebral, sinal
esse que é apresentado à pessoa que realiza o treinamento, e assim ela aprende
a ajustar sua base neurofisiológica. Essa abordagem é muito utilizada na
América do Norte e Europa, no Brasil ainda é pouca conhecida e divulgada, porém
apresenta excelentes resultados nos quadros de TDAH. O Neurofeedback não é
exclusivo para o TDAH, podendo ser utilizado para resolução de diversos outros
problemas, através dos treinos, como pode ser visto no vídeo http://www.youtube.com/watch?v=SKY-TlAt4co.
Em outra oportunidade escreveremos com
mais detalhes a abordagem realizada por essa técnica.
Para
finalizarmos esse assunto, voltamos a lembrar que a grande maioria dos
problemas de TDAH são de ordem funcional, principalmente do córtex frontal, sendo
assim, a base para o tratamento a reestruturação da função desta área cerebral,
a qual pode ser realizada de diversas formas, e, como vimos acima, apenas é
preciso saber qual a mais eficiente para determinada pessoa e qual não afetará
o funcionamento de outras áreas cerebrais.
Por
Valdeci Foza
Alessandra Kayser Pinheiro
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