terça-feira, 20 de março de 2012

Déficit de Atenção e Hiperatividade (03)
 
Existem diversas formas de abordagem para os transtornos de déficit de atenção, hiperatividade e déficit de atenção com hiperatividade. A mais conhecida é a farmacológica, a qual utiliza estimuladores do sistema nervoso central (SNC), buscando compensar a baixa ativação do córtex frontal. Depois temos as abordagens psicológicas e psicopedagógicas, sendo que a mais utilizada é a cognitiva comportamental. E com índice bem menor de emprego, mas não de menor eficiência e eficácia, existem as abordagem biotecnológicas, que realizam reeducação do sistema neurofisiológico. Esse tipo de abordagem requer a utilização de modernos equipamentos tecnológicos de leitura, processamento, análise e resposta em tempo real do sistema nervoso em sua plenitude de funcionamento. Uma delas é conhecida como Estimulação Transcraniana Magnética, que usa disparos eletromagnéticos sobre o crânio, fazendo com que os neurônios de determinada área deixem de trabalhar de determinada maneira e venham a trabalhar de outra. Esta abordagem é mais invasiva, pois obriga o cérebro a trabalhar em determinado ritmo.


A outra, se utiliza do processo de aprendizagem neural através de retroalimentação neurofisiológica, e é conhecida como treinamento neurocognitivo ou mais popularmente treinamento de Neurofeedback. A abordagem utiliza equipamentos de eletroencefalografia e software avançado para análise do sinal cerebral, sinal esse que é apresentado à pessoa que realiza o treinamento, e assim ela aprende a ajustar sua base neurofisiológica. Essa abordagem é muito utilizada na América do Norte e Europa, no Brasil ainda é pouca conhecida e divulgada, porém apresenta excelentes resultados nos quadros de TDAH. O Neurofeedback não é exclusivo para o TDAH, podendo ser utilizado para resolução de diversos outros problemas, através dos treinos, como pode ser visto no vídeo http://www.youtube.com/watch?v=SKY-TlAt4co.  Em outra oportunidade escreveremos com mais detalhes a abordagem realizada por essa técnica.
Para finalizarmos esse assunto, voltamos a lembrar que a grande maioria dos problemas de TDAH são de ordem funcional, principalmente do córtex frontal, sendo assim, a base para o tratamento a reestruturação da função desta área cerebral, a qual pode ser realizada de diversas formas, e, como vimos acima, apenas é preciso saber qual a mais eficiente para determinada pessoa e qual não afetará o funcionamento de outras áreas cerebrais.

Por
Valdeci Foza
Alessandra Kayser Pinheiro

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